quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Aulão de Meditação

No próximo dia 19 de setembro haverá um aulão de meditação e mantras no Espaço Clara Luz, das 09h30 as 11h30 com entrada gratuita e aberta a qualquer pessoa.

Venha com uma roupa confortável para sentar no chão.

Facilitadores: Nello Baia Júnior e Ana Cláudia Dutra
www.anaenello.org
ananello@terra.com.br

Local:
espaço Clara Luz
Rua Cel. Linhares, 452, Meireles, Fortaleza-CE,(85)3224.9832
www.claraluz.pro.br

domingo, 6 de setembro de 2009

A Mitologia no Yoga


PALESTRA COM ENTRADA GRATUITA: A MITOLOGIA NO YOGA Dia 11 de setembro as 18h30 no Mandala Yoga Módulo completo sobre Mitologia 11, 12 e 25, 26 de setembro – 30h

PARCERIAS: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC
INSTITUTO DE CIÊNCIA, CULTURA E FILOSOFIA HINDU
RECONHECIMENTO: INTERNATIONAL YOGA FEDERATION
MANDALA YOGA
Rua Marcondes Pereira, nº 1404 – Dionísio Torres.
CEP: 60.130-061 – Fortaleza – CE
(85) 3227.3699 / 9117.9224
WWW.MANDALAYOGA.COM.BR
http://cecrammandala.blogspot.com/


O que são os mitos e qual sua função na psique humana. Paralelos entre as mitologias ocidental e oriental. Estudo das principais divindades da mitologia hindu associada à yoga, a partir de suas características e histórias. Análise do simbolismo das divindades hindus, através dos seus aspectos arquetípicos, sob três pontos de vista: material, psíquico e espiritual .Vivências de yoga associadas ao simbolismo e representação das divindades.


FACILITADORAS: Profª. Ana Cláudia Magalhães Dutra (especialista)
Psicóloga pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR (1990), com prática clínica na psicologia de Jung. Participou de grupos de estudo na abordagem de Jung, também de palestrantes e treinamentos em Gestalterapia, Psicologia Transpessoal e Psicologia Sagrada. Terminou o Curso de Extensão para Formação de Instrutores de Yoga, promovido pela UFC/ACEPY (Associação Cearense de Estudos e Pesquisas de Yoga), em 1994, o curso “Integrative Yoga Therapy” com Joseph Le Page, em 2000, e o Curso de Pós-graduação em Yoga promovido pela UNIFOR, em 2004. Trabalha desde 1995 no SESC-CE com grupos de Yoga para jovens, adultos e terceira idade, e no CECRAN desde 1993 atendendo individualmente e em grupo, realizando psicoterapia de base Junguiana e Yogaterapia. É Instrutora no Curso Livre de Formação para Instrutores de Yoga do CECRAN e, ao longo dos anos, tem participado como palestrante e facilitadora de vivências em Yoga e meditação em congressos, universidades e empresas, juntamente com seu esposo Nello Baia Júnior.

Profª.Subhashni Arora (especialista)

Graduada em Ciências Econômicas pela UFC/CE (1994) e em Psicologia pela UNIFOR (2003), com Especialização em Família: Uma Abordagem Sistêmica pela UNIFOR (em andamento). Possui formação Holística de Base – UNIPAZ/CE (1999), Formação em Tanatologia (2002), Especialização em Yoga pela Faculdade de Educação Física da UniFMU/SP(2004), Formação em Yogaterapia pelo Centro de Yoga Montanha Encantada/SC (2005), É Instrutora de Yoga no Instituto Indiano de Yoga Vivekananda desde 1996, e Instrutora no Curso Livre de Formação de Instrutores de Yoga do CECRAN MANDALA (Cariri e Fortaleza), e no curso de Formação de Professores de Yoga do Núcleo de Yoga da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN (2005), Psicóloga Clínica com orientação Sistêmica da ONG Raízes – EFAC, desde 2004 e professora da Faculdade Ateneu no Curso de Pós-Graduação em Terapias Complementares, desde 2006.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A Escravidão está na Mente


A Escravidão Está Na Mente

Radha Burnier
Presidente Intenacional da Sociedade Teosófica

Uma bem conhecida sentença em um dos Upanishads, afirma que a mente, por si só, é causa, tanto da escravidão, como da libertação do homem. A maioria das pessoas acreditam que está presa pelas circunstâncias e agem como se fossem vítimas, porque não compreendem as forças e condições existentes em torno delas. O homem primitivo, que observava o relâmpago e o trovão, o desaparecimento do sol e a descida da escuridão sobre a terra e vários outros fenômenos, sentia-os como ameaças e que ele devia apaziguar os deus e, para isso, recorrer a feiticeiros, aprender encantamentos, erigir colunas totêmicas e fazer todo tipo de coisas para afastar o mal que ele acreditava pudesse sobrevir. Os mesmos fenômenos, vistos pelo homem moderno, não geram nele mais o medo, porque o conhecimento o fez compreender as leis e forças operando por detrás dos fenômenos.

Há uma teia de forças na natureza que cria as condições nas quais as pessoas vivem. Elas incluem forças como a gravidade, a eletricidade e o magnetismo. O homem sabe como essas forças funcionam e é capaz de predizer as condições que serão criadas. Pode controlar as circunstâncias em torno dele, alterando e regulando tais leis. O conhecimento habilita-o a mudar as condições e a não considerar a si mesmo como vítima delas. Esta é a posição do homem agora em relação àquela parte do mundo fenomênica que passou a compreender.

Vôos à Lua e comunicação através de satélites com distantes partes da terra são maneiras de conquistar o ambiente. Mas o conhecimento do homem, mesmo agora, pertence a um campo muito limitado. Os homens brilhantes que podem manipular a natureza e neutralizar as forças de gravidade, etc., são também vítimas das circunstâncias no campo psicológico. A ignorância torna-os temerosos e inseguros e tão escravizados pelas forças interiores, quanto o homem primitivo o era em relação às forças externas, físicas. No campo psicológico também, as forças criam as condições e aquele que quiser ser livre e destemido, deve compreender as leis que operam. Uma das três grandes verdades proclamadas no livro “O Idílio do Lótus Branco”, declara: “CADA HOMEM É SEU ABSOLUTO LEGISLADOR, O DISPENSDOR DE GLÓRIA OU ESCURIDÃO PARA SI MESMO, O DECRETADOR DE SUA VIDA, RECOMPENSA E PUNIÇÃO”.
Em outras palavras, cada homem cria as condições ao seu redor, o seu carma. A escravidão nada mais é senão a prisão construída pelas forças-cármicas que cada um cria. A escrividão diz-se estar no ciclo de nascimentos e mortes, a compulsão para o sofrer. São modos diferentes de afirmar a mesma coisa.

A maioria das pessoas acredita que pode escapar das conseqüências de seus atos, mentais e físicos. Existem algumas que reconhecem, pelo menos teoricamente, que não é possível escapar das conseqüências das forças que liberam, mas não crêem realmente nisso. Se acreditassem no carma, seriam extremamente cuidadosas acerca de tudo o que fazem, o que pensam e sentem, seu relacionamento com as outras pessoas e assim por diante. A fraqueza da crença é tornada evidente pela negligência na conduta. È possível escapar às conseqüências de um ato no mundo físico durante o curso de uma vida. No caso de uma pessoa que rouba, ela pode ser presa imediatamente ou sua falta pode permanecer encoberta durante muito tempo; mas não pode escapar dos resultados indefinidamente, pois “os moinhos de Deus moem lentamente”, trituram até pedaços extraordinariamente pequenos. No entanto, o que é mais sério não é a descoberta do roubo e a pessoa ser presa, mas o efeito da conseqüência imediata no campo psicológico.

Aquele que engana outra pessoa e pensa que pode ir embora, ilude-se dolorosamente. Muitas pessoas encobrem fatos ou os deturpam ao relatá-los, pretendendo serem diferentes do que são. Não é raro se mostrar uma face diferente sob circunstâncias diferentes. Tudo isso acontecem porque no fundo da mente há um sentimento de que se pode escapar. Na verdade, porém, há um efeito imediato quando há qualquer ação. Quando há um ato de enganar, dá surgimento a um certo “momento” na psique da pessoa. Esta é a a imediata, mas invisível conseqüência. Há muitas coisas na psique que não são percebidas. Há as memórias conscientes e também as inconscientes. Se você encontra alguém a quem não vê ou na qual você não pensa há anos em sua mente consciente, pode não haver memória dessa pessoa, se ela é desta ou daquela maneira. Tudo desaparece. Posteriormente você a encontra e a reconhece. Esse reconhecimento significa que, embora a mente consciente não mantivesse nenhuma memória, a inconsciente manteve-a e essa recordação veio à superfície. O reconhecimento implica em comparar como agora ela aparece, seu comportamento, seus gestos, etc.

Contudo, há memórias mais profundas. As pessoas têm recordações da infância que estão além da lembrança, exceto sob hipnose ou em momentos de crise. Atrás do limiar da memória consciente há toda um área, como um iceberg oculto. Se a energia é liberada na psique, o “momento” também pode submergir abaixo do nível consciente. Quando há uma oportunidade adequada, ele consegue manifestar-se. Por exemplo, quando uma ação é fraudulenta, como dissemos antes, um “momento” é criado, que pode estar oculto e dormente, abaixo do nível consciente. Num determinado instante, transforma-se num impulso para fazer o mesmo tipo de coisa. Isto torna-se um círculo vicioso, de escravidão; a ação que cria a tendência, a tendência que impele à ação, seja ela de fraude, medo ou inveja, ou uma mistura de vários tipos.

No ser humano existem inúmeras tendências “empurrando” a pessoa indiretamente, queira ou não, saiba ou não. Quando uma pessoa sofre de timidez ou medo, cada sombra a faz sentir que pode haver um inimigo oculto. Quando há orgulho, um homem imagina que há intenção de ofendê-lo, mesmo diante de uma afirmação inocente a seu respeito. Além disso, a mente inconsciente conecta o sentimento com características externas pertencentes a outra pessoa, de quem o perigo ou o insulto é pensado decorrer. Assim, as pessoas têm reações compulsivas contra negros ou brancos, judeus, etc. e contra todos os tipos de coisas. “Momento”, tendências e compulsões vêm à tona no campo da ação, não apenas do passado recente mas das profundezas até de nossa natureza animal. A maioria das pessoas age de acordo com esse profundo condicionamento.

Enquanto há compulsão de dentro, um “momento” sobre o qual não há
Controle, não há liberdade de modo algum. É a escravidão que a mente cria, porque está num estado de não apercebimento, já que não se dá ao trabalho de descobrir o que está acontecendo a si mesma.

Os condicionamentos da mente criam enormes problemas – de cor, nacionalismos, diferenças raciais, etc. Por causa desse condicionamento existente, ela identifica-se com a família, a comunidade, a religião, etc. Mas a mente pode libertar-se se vê que está criando círculos dentro dos quais está escravizada. Não é necessário que alguém seja vítima de qualquer circunstância. Em lugar de criar “momentos” de insinceridade ou medo através do não-apercebimento, a pessoa pode gerar outras energias, tais como paciência, afeição e calma. Estas regras surgem através do apercebimento e têm uma qualidade de estabilidade. Não são reações.

Atrás da vigilância e do cuidado exercidos na vida diária, a pessoa pode começar a perceber o que é o estado de liberdade. Dentro da mente há possibilidades de escravidão, como de liberdade. Não se tem de rezar a algum Deus, encontrar um sacerdote, para libertar a si mesmo, mas apenas descobrir o que está profundamente no interior. O Bhagavad Gita fala do homem estável, que não é dependente, porque as circunstâncias não têm poder sobre ele. Isto é o que todos os seres humanos têm de aprender. Pela ativa vigilância, a pessoa cessa de ser vítima das condições e torna-se uma fonte de energia espiritual.

* * *

AHINSA

Ahinsa é uma qualidade positiva e dinâmica de amor universal, e não uma simples atitude de não violência. Aquele que a desenvolve, vive rodeado de uma invisível aura carregada de amor e compaixão, embora não os expresse ao nível emocional.

Uma vez que o amor é o poder que liga em união espiritual a todos os fragmentos separados da vida una, qualquer indivíduo imbuído de semelhantes amor, está internamente afinado com todas as criaturas viventes e, automaticamente, as inspira em confiança e amor.

Dr. I. K. Taimini, em “A Ciência da Ioga”


sábado, 25 de julho de 2009

Meditação com Entrada Gratuita no SESC no dia primeiro de agôsto


É NO PRÓXIMO SÁBADO DIA PRIMEIRO DE AGÔSTO!


AULÃO DE MEDITAÇÃO NO SESC

Não perca no SESC da Rua Clarindo de Queiróz,1740,Fortaleza
(NA SALA DE YOGA NO 1º ANDAR)

Dia 01 de agosto as 9.30 h(sábado)

ENTRADA GRATUITA

Meditação, Mantras e Kirtans

Com Nello e Ana Cláudia

www.anaenello.org
ananello@terra.com.br

Compareça e leve os seus amigos!

Apoio:
SESC
ICCFH- Instituto de Ciência Cultura e Filosofia Hindu
www.iccfh.net.br

terça-feira, 21 de julho de 2009

Você tem 100% de responsabilidade!


Você tem 100% de responsabilidade sobre tudo o que acontece sobre tudo a tudo o que acontece na sua volta.Você é 100% responsável por todo o sofrimento da humanidade , pelas guerras, pelas calamidades, pelos seus filhos e os que também não são seus filhos, pelos seus vizinhos e não vizinhos. Você é também responsável 100% pela criminalidade que grassa hoje.Você é responsável pelas crianças famintas que pedem nos sinais de trânsito. Não coloque mais a culpa em ninguém. Você é inteiramente responsável por tudo e por todos.
Assim preconiza o Ho Onoponopono da tradição nativa havaiana, uma tradição de milhares de anos cultivada entre os nativos locais.
Se alguém está doente: trabalhe esta doença em você mesmo. Peça perdão ao doente. Envie a vibração do verdadeiro Amor a este enfermo no sentido que o seu karma e sua conexão com o dele possam cessar e então conseqüentemente cessar a doença dele, mas que também traz sofrimento a você , mesmo que por vezes não perceba este sofrimento literalmente.Não sofremos por todo o mal desta humanidade que também sofre e por vezes colocamos nosso sofrimento acima de qualquer outro egoisticamente e então não é o nosso sofrimento que importa?Por vezes não sabemos e não entendemos porque sofremos.
crianca-livreSe alguém sente raiva de você ou sente raiva de alguém que você não sabe por que e por vezes nem sabe quem é. Peça perdão para esta pessoa.Envie a vibração do Amor para ela. Mentalize palavras belas para ela. Não importa se ela não puder ouvir de sua viva voz. O importante é a mentalização, a vibração do pensamento forte que você envia a ela. Isto é Ho Onoponopono de verdade.
Houve uma vez um psicólogo que trabalhou num hospital para loucos no Hawai . Muitos médicos haviam passado por ali e pedido demissão ou foram demitidos ,pois o quadro da clínica piorava dia a dia. Havia cada vez mais recaídas e reincidências dos pacientes naquela instituição.
Até que o Dr.Ihaleakala chegou e solicitou todos os prontuários de todos os pacientes trancou-se numa sala com eles (os prontuários) e só saiu de lá quando tinha “examinado” todos os prontuários. Naquela clínica houve 100% de cura, de não reincidência.
O médico simplesmente aplicara Ho Onoponopono em cada um deles através de cada prontuário, vendo cada foto, lendo cada história e pedindo perdão a todos eles, dizendo que amava de verdade todos eles sem nunca ter se encontrado pessoalmente com nenhum deles.Pediu perdão também aos antepassado deles por todo o mal que lhes havia causado.
Achamos que pudemos resolver as coisas por vezes através das guerras que quase sempre não são bélicas, mas causam muito estrago ao nosso coração e aos corações dos outros. Somos adeptos dos processos judiciais intermináveis. Somos amigos de uma “boa discussão por uma causa nobre”. Aplicados a Lei de Talião ou como dizia o velho general na época de ditadura militar: “…bateu! Levou!.. Fomos treinados a não levar desaforo para casa e então nos pegamos gritando, xingando, buzinando e outros “…andos” mais que seria doloroso explicitar.
Qual é a verdade? Quem tem razão? Que é melhor ou pior?
Ho Onoponopono nos convida a desistir de lutar e como Buda ensinou : deixarmos de ser como o cachorro que corre atrás do próprio rabo para morder.
Temos que treinar parar, sentar, fechar olhos e emanar Amor e Perdão as pessoas não importa quem sejam, se gostamos delas ou não.
Nossos inimigos ou desafetos (pois assim teimamos em rotula-los) foram colocados na nossa vida nesta ação kármica para o exercício do Amor e da Compaixão e não ao contrário.Nada ocorre sem aquiescência do Divino. Os fatos são encadeados numa linha de sincronicidade e unicidade. Cabe a nós a Aceitação em primeiro lugar.
Todos estamos juntos de mãos dadas quer queiramos ou não ,então nos aceitemos com um sorriso, com um gesto amável, um bom e positivo pensamento.
Ho Onoponopono pode ser aqui e agora!

Maiores Detalhes :http://www.hooponopono.com.br/

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Os Arianos no Yoga e na Vida



Por Nello Baia Jr. e Ana Cláudia Dutra

Alguns supõem o Yoga como um campo único que segue a lógica do seu raciocínio, do seu querer e poder – o “Yoga para si” deve ser necessariamente o “Yoga para o outro”, então meu Yoga é melhor que o seu. Esquecem da universalidade do Yoga.
Então meu Guru, meu Mestre é melhor que o seu, quanto mais se ele for importado da Índia e onde já se viu um Mestre do Yoga que não seja da Índia ou no máximo alguém que seja pelo menos descendente direto na linhagem de um Guru indiano?
“Meu método é o melhor e outros métodos simplesmente são. Não permitiremos questionamentos, quanto mais críticas ou comentários que não sejam de aquiescência ao nosso método, a nossa escola, a nossa associação...” e por aí adiante. Tudo passa pelo crivo e pela análise dos membros da confederação, da federação, da aliança, da associação, que se consideram a verdadeira. As outras o que são?
Dizem ainda: “É necessária nossa aprovação prévia de quem pode e quer ser professor, ou curso, ou publicação. Pois temos o senso do que é correto no Yoga.” Interpretam as escrituras de acordo com seus mestres com palavras profundas, porém na prática não reconhecem quão limitadas são suas visões e julgamentos pessoais.
Reconhecer que inconscientemente trazemos o arquétipo dos arianos, que no seu aspecto sombrio buscaram o purismo de raça e que coincidentemente na sua invasão a região do Indo ,dentro da historicidade dos fatos foram os iniciantes da possibilidade das castas na índia antiga e que se perpetua, a contragosto de muitos, até a hoje. É perceber que mesmo atingindo uma visão da sabedoria do Self, temos que estar atentos a nossa própria sombra, que geralmente não conseguimos ver, mas a projetamos nos outros.
Por isso temos que estar atentos para não dividir também o yoga e julgar a experiência e o conhecimento de outros que buscam esta senda, de acordo com os critérios da nossa aprovação ou desaprovação do que é bom para o Yoga ou não, melhor dizendo: o que é bom para nós ou não.
Isto é o que pretendemos do Yoga? Moldá-lo ao nosso sabor egoísta como mais um produto de consumo para o sofrimento da humanidade?
Não! Com certeza o Yoga não é isto!
O Yoga é infinitamente livre, único, indivisível e indestrutível estando mesmo além de nós pobres mortais.
No Yoga não há melhor ou pior. No Yoga há! Todos somos iguais perante o Yoga supremo, que é um estado de unificação com o espírito Universal.
Não há melhor método, professor, escola afora os nossos critérios puramente pessoais ou no máximo grupais que “acham”. Os caminhos são infinitos que levam ao despertar da Sabedoria e do Amor.
O yoga não se mede com nenhum parâmetro afora o do pleno Amor.
Yoga é tolerância, respeito... aceitação.
Yoga não se enquadra num processo fascista que imobiliza as pessoas num quadro estático, normótico e aceitável.
Yoga não é só ásana, ou quem faz a melhor ásana (postura) ou quem ensina da melhor forma tal ásana. Yoga está além das ásanas. Yoga é uma experiência real quando respeitamos as diferenças, quando não criamos desavenças , políticas dos homens, interesses mesquinhos.
Como avaliar o aluno ou o professor pela ásana que faz ou pelo que fala e por vezes não faz. Como avaliar a Meditação de alguém, qual é o melhor ou pior, quem esta abaixo ou está acima.
A humanidade sempre dividiu entre puristas como Hitler, Napoleão, Mussolini entre tantos outros e os Puros como Gandhi, Jesus, Buda, Mandela entre tantos outros. Os puristas são provisórios, os puros são eternos. Sigamos pois as pegadas dos puros de coração e então estaremos no caminho correto.
Façamos então silenciosamente nosso Yoga sem alardes ou alaridos. Sigamos nossa sadhana cumprindo nosso Dharma, porque “os cães ladram enquanto a caravana passa”.
Trilhemos, pois pelo caminho da Democracia de um Yoga para todos independente de credo, raça, riqueza ou pobreza.
Façamos do Yoga e da nossa vida um meio de ajuda ao próximo na prestação de serviço para isto que fomos colocados neste plano, chamado Terra e então seremos homens mais felizes e plenos.

Nello Baia Junior e Ana Cláudia Dutra
A palavra ariano, ao referir-se a um grupo étnico, tem várias significações. Refere-se, mais especificamente, ao subgrupo dos indo-europeus, que se estabeleceu no planalto iraniano desde o final do terceiro milénio a.C. e que povoou a Península da Índia por volta de 1500 a. C., vindo do norte, pelo Punjabe, disseminando-se pela Índia, Pérsia e regiões adjacentes. Estes são também chamados de árias. A sua cultura ficou particularmente expressa nos Vedas e, principalmente, no Rig Veda, considerado como o mais antigo. Por extensão, a designação "arianos" (não o termo "árias") passou a referir-se a vários povos originários das estepes da Ásia Central - os Indo-europeus - que se espalharam pela Europa e pelas regiões já referidas, a partir do final do neolítico. O termo designa ainda os descendentes dos indo-europeus que fundaram a civilização indiana, subjugando as populações locais, dando origem ao sistema de castas e, mais especificamente, às castas dominantes dos Brâmanes, xátrias e vaixás.
(extraído do wickipédia)

domingo, 12 de julho de 2009

O Caminho do Despertar Feminino Sagrado


por Ana Cláudia Dutra
A energia feminina tem inúmeras formas de expressões representadas pelas deusas das mais diversas culturas, que nada mais são do que símbolos das energias que formam a nossa personalidade e dão sentido às nossas experiências.
A nossa cultura ocidental tem como influências principais: os símbolos cristãos e àqueles da cultura greco-romana. Ambas as influências dão uma grande ênfase no aspecto masculino da divindade e na representação de Deus como Pai. A cultura cristã reverencia a figura feminina de Maria somente no seu aspecto maternal, deixando implícito que os outros aspectos do feminino são profanos.
A cultura grega, a princípio primitivamente era Matriarcal, com ênfase na Grande Mãe, gradativamente com o desenvolvimento da mitologia, Zeus, filho de Saturno e neto de Urano, o Pai do Céu, assume o comando do Olimpo e divindades femininas originárias das qualidades da Grande Mãe surgiram,assumindo posições “subordinadas” ao Pai Zeus.
Podemos nos perguntar o que esta história tem a ver com a nossa vida hoje? Como estes personagens considerados pertencendo a um mundo mítico antigo influenciam hoje nas nossas vivências como mulheres e homens?
Primeiramente temos que diferenciar masculino e feminino, respectivamente dos sexos correspondentes e considerá-los como qualidades energéticas pertencentes em maior ou menor grau a homens e mulheres inconscientemente. Simbolicamente falando uma das expressões do masculino é o Logos, a razão e do feminino o Eros, o Amor, porém como homens e mulheres, nós vivenciamos ambas as energias, a diferença está no sentido e na forma que cada um a vivencia.
Integrar estas polaridades dentro de nós é o grande ideal da autorealização, unir a Sabedoria ao Amor e a todas as outras características correspondentes ao masculino e ao feminino, como por exemplo: a força à suavidade, o corpo a alma, a matéria ao espírito é a meta do homem Universal plenamente consciente.
Quais os desafios que enfrentamos na nossa existência para isso? Que valores e crenças conflitantes atribuem a nossa consciência a visão de corpo profano e de uma alma sagrada?
Para compreendermos a divisão arquetípica entre o masculino como a consciência mental e o feminino como a inconsciência física, sem identificarmos essas energias com a visão de que pertencem ao sexo masculino e feminino, é preciso que primeiro a compreendamos como sendo estas uma única e mesma energia pertencentes ao ser humano.
Por conta dessa divisão inconsciente, a sexualidade foi excluída da sua dimensão sagrada e considerada mesmo oposta ao caminho espiritual. Assim nos dias de hoje presenciamos na sociedade duas situações extremas que revelam esta ferida coletiva.
A primeira delas é uma atitude repressiva perante a toda e qualquer manifestação de sensualidade e uma inconsciência profunda perante ás necessidades básicas do corpo. Esta atitude está presente nas pessoas de mais idade e naquelas que assumem uma atitude “religiosa dogmática”, em adolescentes que ainda não despertaram para o imenso potencial de vida que trazem dentro si e em todos que ainda não perceberam e não atualizaram a energia criativa do qual são expressões.
A segunda delas é uma atitude promíscua diante do sexo, onde não se tem noções dos limites, nem noção da força da energia de vida que é desperdiçada, quando a alma não é percebida e respeitada, sinalizando sentimentos e carências mais profundas, que tentam ser compensados numa atitude inconsciente e compulsiva perante o seu corpo.
As conseqüências na vida dessas duas atitudes ao nível psicofísico são similares. Dificuldades e insatisfação na vida sexual, sentimentos de culpa, tensões físicas, incapacidade de criar e dar um sentido maior a sua própria vida.
A bem da verdade, a maioria de nós não vive nesses extremos, mas numa tentativa de nos adequar ao que é considerado socialmente aceito e aquilo que pode aparentemente nos trazer um equilíbrio, porém nem sempre nos sentimos felizes, pois essa integração não diz respeito a um cumprimento meramente de uma atitude moralmente aceita, mas de um resgate profundo do estar presente, do estar inteiro corpo-mente-espírito, seja na hora do Amor erótico, seja na hora da prática da espiritualidade e do amor universal, seja quando mergulhamos na solidão das nossas dores e inconsciências e simplesmente as acolhemos e as aceitamos como parte da vivência humana.
Despertar o feminino sagrado é reverenciar a face feminina de Deus. È encarnar em si as próprias qualidades divinas do amor, da devoção, do cuidado, da pureza e da beleza. Assim servimos à Deusa e nos tornamos unos com Ela.
Nancy Qualls-Corbett, no seu livro, A Prostituta Sagrada, através de pesquisas e relatos de antigas práticas de iniciação feminina, nos fala que havia prostitutas sagradas, virgens, que eram levadas ao templo para servirem à Deusa e assim adentrarem nos seus mistérios.
Na prática dos dias de hoje não existem templos como àqueles, somente espaços considerados profanos para o Amor, e quantas vezes as mulheres não são apenas prostitutas para os seus maridos ou vice-versa, fazendo sexo sem vontade ou sem mais aquele amor, não profanam assim o templo da Deusa que são seu próprio corpo? Desprovidos da dimensão sagrada perdemos a visão de que o Amor só se manifesta quando transcendemos nossas carências egóicas e o desejo que o outro nos faça feliz, para então num ato ritual de adoração do Divino ou da Divina presença no outro, penetrarmos no templo sagrado do nosso ser e percebermos o êxtase de sermos Um com a vida.
A mensagem que a autora nos traz é que voltemos a realizar o sagrado matrimônio internamente entre o nosso corpo e a alma, nas nossas relações entre homem e mulher e ao nível transpessoal entre matéria e Espírito, sacralizando e oferecendo ao Amor Maior, todas as nossas ações.

domingo, 5 de julho de 2009

Participe do Grupo de Estudo e Vivências da Psicologia Feminina

Grupo de Estudo e Vivências da Psicologia Feminina

Com base no Livro de Nancy Qualls-Cobertt: A Prostituta Sagrada – A face eterna do feminino, Ed. Paulus

Inicio: 24 de Julho de 2009
Horário: Todas as sextas das 8:00 às 09:30hs

Investimento mensal: R$100,00
R$ 50,00 Estudantes

• Vivências Criativas com contos, mitos, música, dança e pintura de mandalas
• Rituais de contato com o feminino sagrado
• Reflexões sobre a aplicação dos temas trabalhados
aos relacionamentos.

Facilitadora: Ana Cláudia Dutra - Psicoterapeuta de orientação Junguiana

MAIORES INFORMAÇÔES: No MANDALA –(85) 32273699
Rua Marcondes Pereira,1404, Dionísio Torres, Fortaleza-CE

ou acesse o site: www.anaenello.ou www.anaenello.org
ananello@terra.com.br_

domingo, 28 de junho de 2009

Aula Aberta de Meditação

AULA ABERTA DE MEDITAÇÃO

Sábado, 11 de Julho de 2009 das 9h30 ás 11h30

Programação:
9:30 Harmonização com o Mantra OM
9: 45 Orientações para a prática da Concentração na Respiração (Anapanassati) e da Meditação Andando
10:00 Prática
10:30 Feedback – Comentários sobre a prática
11:00 Encerramento com Kirtans
ESPAÇO CLARA LUZ
Rua Coronel Linhares, 452, Meireles - Fortaleza - Ceará - 85 3224.9832 –
www.claraluz.pro.br
yoga@claraluz.pro.br
FACILITADORES: Nello Baia Júnior e Ana Cláudia Dutra
www.anaenello.org
ananello@terra.com.br

domingo, 7 de junho de 2009

Budismo:Uma Religião sem Deus?

BUDISMO: UMA RELIGIÃO SEM DEUS?


Buda não é Deus segundo a concepção do Budismo. Buda significa “aquele que despertou de um sono profundo”.Buda é um estado de Ser.Todos nós somos Buda, apenas estamos adormecidos deste estado.
Os budistas são acusados de ateísmo, na realidade não pronunciam a palavra Deus porque sabem Deus está em cada um de nós, está em tudo e em todos... Tudo é Deus. Deus não se encontra numa possibilidade externa, mas na possibilidade do interno de cada um de nós.
O que é preconizado como “Buda” é o Buda histórico Sidarta Gautama, aquele que foi um príncipe do Reino de Sakya e por isto é chamado Buda Sakyamuni. Muitos acham ser este o único Buda.Mas qual é a quantidade de Budas existentes?
Budismo é uma religião? Budismo é filosofia?Budismo é ciência?
Budismo por ser tudo isto segundo a concepção de cada praticante. Pode ser uma Filosofia de Vida de emprego bem prático que não impede que você professe outra religião ou credo, muito pelo contrário nos dá condições através das quatro nobres verdades, do nobre caminho óctuplo, da compreensão sobre os doze elos e outros meios hábeis que mais tarde discorreremos em outros artigos, de sermos melhores cidadãos, melhores profissionais, melhores homens e mulheres.
O budismo nos ensina a tarefa de sermos responsáveis sem culpa.
Culpa e pecado não são palavras empregadas no Budismo. Perdoar deve estar implícito na atitude de vida do budista que deve ser norteada por uma atitude ética implícita nos parâmetros da natureza. O budista sabe que uma aparência é só uma aparência, que as pessoas e situações devem ser olhadas em sua essência sem conceito, comparação ou julgamento, pois todos são iguais, perfeitas e puras apesar da aparência que criam de si e dos outros.
Budismo não idealiza um “reino dos céus” ou outros lugares e estados parecidos após a desencarnação.
Budismo ensina que o Nirvana está na possibilidade do Aqui e no Agora e não em algum lugar ou algo para ser deixado para depois e que é preciso deixar os véus da ilusão (Maya) que turva a nossa visão no Samsara, a roda de nascimentos e morte a que nos submetemos neste plano no exercício kármico.
Budismo ensina que o Karma é o resultado do que fizemos, fazemos e faremos na Terra. “Causa e Condição” ou “Causa e Efeito”. Toda ação produz um resultado, por isto através da Meditação aprendemos a encontrar o estado de “Plena Atenção”, que nos produzirá as condições de produzir um Bom Karma através de ações que produzam o bem para si e para os outros.
O Budismo preconiza a Não Violência a todo e qualquer ser vivente. O Não Matar do Budismo é amplo e irrestrito. Podemos não matar uma idéia de alguém, um animal para nos servir de sua carne e assim por diante.

“...Se queres saber porque te passa assim o teu presente olha o teu passado.Se queres conhecer o teu futuro,olha o teu presente!...(Buda Sakyamuni)


“Estudar o Caminho de Buda é estudar a si mesmo.
Estudar a si mesmo é esquecer-se de si mesmo.
Esquecer-se de si mesmo é ser iluminado por tudo o que existe. Transcender corpo e mente seus e dos outros. Nenhum traço de iluminação permanece e a iluminação é colocada a disposição de todos os seres.”

Mestre Zen Eihei Dogen (1200-1253)

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A Diferença entre Concentração e Meditação

A DIFERENÇA ENTRE CONCENTRAÇÃO E MEDITAÇÃO

Muito se tem escrito e falado sobre Meditação e Concentração e então podemos estabelecer diferentes premissas do processo de Meditar e Concentrar.
Ciências como o Yoga, tradições como o Budismo e suas várias vertentes tem ao longo de sua história se situado entre estes dois pontos: Meditar e Concentrar.
Mais recentemente a Ciência tem demonstrado interesse e se dedicado sobre este assunto especialmente no tocante a neurofisiologia no estudo das “infinitas possibilidades dos caminhos neuronais” que surgem quando fazemos mão da Meditação e da Concentração que possibilitam o uso de partes do cérebro até então pouco usadas.
É interessante a visão do Yoga Integral de Sri Aurobindo que coloca diferença entre Meditar e Concentrar.
Então temos o que Rolf Gelewski, discípulo de Aurobindo e da “Mãe” Mira Alfassa escreve nas linhas abaixo:
“Concentrar significa centralizar, fazer convergir em um campo, unir em um ponto determinado este ponto passa a ser um lugar de referência para movimentos que se efetuam a seu redor e, desta maneira, a adquirir uma função e poder de orientação; então os movimentos, reagindo a crescente definição e estabilidade do ponto, chegam a se relacionar diretamente com ele, rodeando-o ou convergindo para ele ou se afastando dele, e assim se cria um contexto, uma constelação específica onde o ponto assume a posição de um centro. Todos os movimentos que neste centro convergem trazem para ele e acumulam nele as energias, das quais foram até então, manifestação: transformam-se em potenciais.É por isto que a concentração não significa um estado ou um valor qualquer, mas um estado de intensidade crescida, o valor de uma nova força, um poder – porque é a união de muitas energias em só ponto ou campo.”
Continuando a sorver a água do Yoga Integral temos a definição outorgada por Sri Aurobindo :
“Meditação é uma atividade puramente mental, ela interessa sómente ao ser mental...”
“...A pessoa pode se concentrar enquanto medita, mas esta é uma concentração mental; pode chegar a um silêncio, mas é um silêncio puramente mental, e as outras partes do ser são mantidas imóveis e inativas a modo de não perturbar a meditação...”
Sabemos como o nome já nos diz, A Yoga Integral visa à integração do Homem no seu aspecto do Todo. Corpo Físico, Corpo Mental, Corpo de Energia e Corpo Espiritual devem-se integrar neste Todo que é em essência o Ser Total ou o que Verdadeiro é.
“...conheci pessoas em minha vida cuja capacidade para meditação era notável, mas que quando não estavam em meditação, eram pessoas inteiramente comuns, às vezes gente de mau temperamento, que ficaria furiosa se sua meditação fosse perturbada. Pois eles tinham apenas aprendido a dominar a sua mente e não o resto do seu ser.” ( A Mãe,Mira Alfassa)
Em relação ao enunciado da Mãe podemos nos reportar ao autor Jack Korfield que no seu livro “Depois do Êxtase, Lave a Roupa Suja”,da Editora Cultrix onde relata várias experiências de mestres da Arte de Meditar que depois até perceberem seus samadhis, atingindo o Êxtase, voltaram a vida mundana em todas as suas situações, entrando em choque com seus discípulos, virando alvo da especulação pública.
Podemos então estabelecer a diferença entre Meditar e Concentrar seria uma questão de objetivo. Enquanto concentra em só ponto pode acontecer com um lavrador que ara a terra focando sua atenção na enxada que provoca o sulco no solo visando plantar a semente que dará o sustento na próxima colheita e então ele vive “aquele momento presente”, enquanto um meditador na sua sala de meditação visa concentrar num só ponto mas percebendo as diferentes matizes de sua mente que ocorrem durante a sentada com a finalidade meditativa.Então o meditador tem um objetivo que o de parar,concentrar para depois meditar e lavrador para no seu objetivo o de efetivamente concentrar.Podemos dizer ele é a terra, a enxada, a semente numa perfeita integração. Podemos dizer que o meditador tem o objetivo de perceber-se o “Todo”,observando suas ondulações mentais e sensações corporais independente do foco como por exemplo: ao sentir uma sensação de coceira ele treina percebendo que esta coceira não é ele, não é dele, mas apenas uma percepção impermanente e ilusório fruto de sua projeção mental.
“Concentração, para o nosso Yoga significa que a consciência é fixada num particular estado (por exemplo paz) ou movimento (por exemplo, aspiração,vontade, entrar em contato com a Mãe, tomar o nome da Mãe); meditação e quando a mente está olhando para coisas a fim de adquirir conhecimento correto.” (Sri Auobindo)
O que almejamos com este artigo não é concluir este assunto, mas sim levar a uma reflexão sobre o tema Meditação e Concentração.
Enfatizamos que Meditação e Concentração são grandes possibilidades de levar o Amor e a Compaixão para as pessoas: o meditador na sua sentada oferece a sua meditação ao próximo e irradia o Amor em toda a sua possibilidade para toda a humanidade. Aquele que concentra oferece o fruto da sua concentração ao próximo, e que o trabalho e sua produção resultante deste concentrar atinja toda a humanidade numa prestação de serviço essencial para todos nós.
• As citações de Sri Aurobindo, a Mãe(Mira Alfassa) e de Rolf Gelewnski foram extraídos da Revista Ananda de 1992, da Casa Sri Aurobindo, Belo Horizonte-MG cujo título é: “Concentração:seu valor na vida e no yoga (porque e como concentrar-se”.

domingo, 31 de maio de 2009

Palestra "A Arte de Viver Consciente"

Não perca Palestra com Entrada Gratuita com o Prof. Dr. Cláudio Roberto Azevedo
No SESC da Rua Clarindo de Queiróz,1740 no dia 19 de junho as 19.00 h
“A ARTE DE VIVER CONSCIENTE”
Cláudio Azevedo é médico com especialização em cirurgia geral e laparoscópica, psicoterapeuta transpessoal, teósofo e tanatólogo, É Terapeuta Clínico do Colégio Internacional dos Terapeutas (CIT-UNIPAZ) e Diretor do Instituto de Cultura para o Desenvolvimento e Educação Permanente (ICDEP) no Ceará. É também membro fundador do Instituto de Cultura e Filosofia Hindu - ICCFH. Edita, em Fortaleza, a Revista quadrimestral Umā Kanyā e o Portal Órion
É o coordenador o Curso de Pós-Graduação em ‘Ciência do Yoga’ (uma parceria da Universidade das Américas, Espaço Clara Luz e Instituto de Ciência, Cultura e Filosofia Hindu) em Fortaleza-CE e um dos coordenadores do Curso Livre de Formação de Instrutores de Yoga do Espaço Mandala de Yoga (Fortaleza-CE).
Atualmente é membro do Conselho Mundial de Yoga da Federação Internacional de Yoga (International Yoga Federation - Inscrição de Nº BR/705), Diretor de Cultura da referida Federação para o Brasil e Secretário Honorário da mesma para o Ceará e Rio Grande do Norte.
Maiores detalhes sobre o Palestrante acesse: www.orion.med.br
Organização Nello e Ana Cláudia
(85)8811.9099/8711.3074 ananello@terra.com.br
SESC Ceará
www.iccfh.net

domingo, 10 de maio de 2009

Palestra aberta dia 22 de maio

PALESTRA ABERTA: “ CONCENTRAÇÃO E AUTO TRANSFORMAÇÃO”

DIA 22 DE MAIO AS 19.00 H NO ESPAÇO CLARA LUZ

Nunca fomos tão bombardeados por tantas informações como neste século com o incremento das “relações internéticas”, com a TV ligada e plugada na última informação que chega. Somos informados para o que queremos e o que não queremos. Quando adentramos num hiper mercado para nossas compras somos solapados por um sem número de informações sub limilinares através das cores, do alto falante que nos diz no tom certo o que comprar e o que não comprar, a disposição das gôndolas, as “ofertas” – tudo nos induz ao que fazer e o que comprar e assim continua este processo nas ruas, no trabalho, nas nossas casas onde continua o bombardeio do “que fazer e o que não fazer” ou pela indução ou sugestão.

Temos pressa e somos cobrados para ser rápidos e ágeis. A “internet mais rápida, o carro mais rápido...fale rápido!...faça rápido!...ande logo!...

E então seguimos uma “norma” que nem sempre é a nossa norma e então nos “distraímos” do que realmente temos que fazer, ou seja, de “viver o momento presente” e fazer o que estamos fazendo naquele momento e não viver obcecado pelos desejos e impulsões de nossa mente ávida, pelo “querer mais”, deixando o passado ilusório e o futuro inexistente para nos CONCENTRAR NO AGORA. Acabamos nos esquecemos de nós mesmos distraídos com o resto.

Neste “século das distrações” nunca foi tão importante “concentrar”.

Importante concentrar no trabalho pela questão da produtividade, da segurança de trabalho. Importante nos estudos para um melhor aproveitamento e formação. Importante em casa nas atividades com os familiares para viver o momento presente com os seus sem, por exemplo, ficar pensando no trabalho quando está em casa e ficar pensado em casa quando está no trabalho. Importante no esporte para os melhores resultados. Para a cura e prevenção das doenças porque as sabemos nascidas dos “pensamentos impertinentes” de tristeza, mágoa, rancor,etc.

Mas a questão de “concentrar é sobre tudo humana na sua essência buscando ser mais na totalidade, nesta integralidade do ser que não passa mais o tempo julgando, comparando, criticando, mas treina para mudar os seus pensamentos ao padrão positivo, para transformar o seu mundo e este Mundo para melhor, para servir efetivamente ao próximo, para ser um Ser de Amor e de Luz, para exercer a sua Verdadeira Natureza.

ESTA PALESTRA ABERTA DARÀ INÍCIO A UM CURSO DE DOIS FINAIS DE SEMANA ONDE JUNTO PRATICAREMOS TÉCNICAS DAS MAIS MILENARES E QUE NUNCA FORAM TÃO NECESSÁRIAS PARA A HUMANIDADE E QUE DEPOIS SERÁ USADA POR VOCÊ NO SEU DIA A DIA.

FACILITADORES:

NELLO BAIA JÚNIOR (Professor de Yoga e Meditação)

ANA CLÁUDIA DUTRA (Psicóloga e Professora de Yoga e Meditação)

Ver o currículo dos professores em

Site:www.anaenello.org

Blog:ananello.blogspot.com

Curso de Meditação: dias 22 e 23 de maio e 05 e 06 de junho

Local da Palestra, do Curso e Informações e Inscrições:

Espaço Clara Luz

Rua Cel. Linhares, 1452,Meireles, Fortaleza-CE

Fone: (85)3224.9832

(85)8811.9099/8711.3074

www.claraluz.pro.br

Apoio:

ICCFH (Instituto de Ciência Cultura e Filosofia Hindu)



domingo, 3 de maio de 2009

A Meditação como Caminho da Expansão da Consciência

A MEDITAÇÃO COMO CAMINHO DE EXPANSÃO DA CONSCIÊNCIA

PARALELOS DA VISÃO DE JUNG E DO YOGA

Por Ana Cláudia Dutra

A ORIGEM DACONSCIÊNCIA HUMANA

Psique: Desenvolve-se ao longo da vida do indivíduo e repete o processo de evolução passado pelos nossos ancestrais.

Consciência: Desperta do sono da inconsciência a partir dos conteúdos que fazem parte da experiência coletiva.

CICLO DA CONSCIÊNCIA:

SIMBIÓTICA - SEPARADA – INTERDEPENDENTE

O MODELO JUNGUIANO DA PSIQUE

Psique não é sinônimo de mente consciente. A mente racional consciente é complementada por uma inconsciente, que opera segundo princípios opostos.

Na concepção chinesa os opostos são conhecidos como o yin (feminino, frio, passivo, obscuro) e o yang (masculino, quente, ativo, luminoso).

O CÉU É O MEU PAI, ELE ME HÁ GERADO.EU TENHO POR FAMÍLIA TODA AS ESTRELAS. A MINHA MÃE É A GRANDE TERRA. O PAI FECUNDA AS ENTRANHAS DAQUELA QUE É SUA ESPOSA E FILHA...”

POEMA VÉDICO

De Tao veio o UM

Do UM veio o Dois

Do Dois veio o Três

E o Três gerou os muitos Toda a vida surgiu da Treva

E demanda a Luz.A essência da vida engendra a harmonia das duas forças.

TAO TE CHING

No princípio criou Deus os céus e a terra.

E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.

E disse Deus: Haja luz; e houve luz.

E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus a separaçäo entre a luz e as trevas.

GÊNESIS

A Energia Psíquica manifesta-se sobre os mesmos princípios da energia universal.

PRINCÍPIOS ALQUÍMICOS:

Tudo tem fluxo e refluxo. Tudo é duplo, Os opostos são idênticos em natureza mas diferentes em graus... O Todo está na Mente.

Tudo vibra nada está parado... O Que está em cima é como o que está em baixo. Tudo vibra nada está parado...

A CONCEPÇÃO ENERGÉTICA DA PSIQUE

  • Princípio de Equivalência

  • Princípio da Compensação

  • Princípio da Projeção

  • Princípio da Transformação

Jung comparou a psique a um espectro de luz. Nos níveis inferiores do infravermelho, estaria relacionado aos níveis orgânico e material dos instintos. Nos níveis superiores da luz ultravioleta, a correspondência é com os aspectos espirituais.

EIXO DO ESPAÇO-TEMPO DA CONSCIÊNCIA

Assim como calor, luz, e eletricidade são manifestações diferentes da energia física, fome, sexo, agressividade, emoções, afetos, pensamentos e intuições são expressões variadas da energia psíquica.

Os mundos objetivos e subjetivos, material e espiritual é uma única realidade.

O HOMEM COMO UM MICROCOSMO É O ESPELHO DO MACROCOSMO.

O Inconsciente para Jung é Pessoal e coletivo.

Na Psicologia do Yoga temos:

Os Vrittis =Fluxo mental – Fora da meditação são subconscientes e dão sustentação aos pensamentos conscientes.

Os Vásanas =padrões inconscientes, que foram adquiridos ao longo das experiências da vida.Inconsciente Pessoal

Os Samskáras =são as raízes profundas dos condicionamentos humanos, possuem caráter kármico e inato tendendo á perpetuar-se através das gerações – Inconsciente coletivo

A Consciência se manifesta através de Símbolos

As estruturas primordiais da psique que dão origem aos símbolos são denominadas ARQUÉTIPOS.

O Arquétipo em essência não pode ser manifesto somente a partir das suas representações.

A representação de um arquétipo é manifestação de um campo de consciência na experiência individual do Ser

O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO

EGO-SELF

ANIMUS

INTEGRAÇÃO

ANIMA

PERSONA-SOMBRA

O processo de individuação é um movimento de despertar gradativo da consciência individual, que emerge das imagens inconscientes coletivas. Ao realizar o indivíduo a sua singularidade ele não se opõe ao coletivo, ele se diferencia dele e o enriquece dando uma contribuição para o desenvolvimento da coletividade.

O Que acontece durante o processo de despertar da consciência na prática da meditação?

Separação entre o eu e o Self.

Observação da interconexão corpo-mente

Reconhecimento das projeções psíquicas.

Liberação espontânea dos conteúdos reprimidos.

Surgimento do insight.

Aceitação e transformação da sombra, fazendo dela uma aliada.

Percepção da unidade, transcendência da dualidade.

Despertar da Compaixão.

O SELF pode surgir na imagem de um velho sábio ou de um Guru.

O Self como sendo o arquétipo central da psique é a imagem que temos do Divino.

Na tradição do Yoga o Si-Mesmo é chamado de Atman, Brahman,o incondicionado, o transcendente, o imortal , o indestrutível,

A consciência está ao mesmo tempo vazia e não-vazia. Ela não se encontra mais preenchida com a imagem das coisas, mas apenas as contém. A abundância do mundo, imediata e premente, nada perdeu de sua riqueza e maravilha, mas não domina mais a consciência. O apelo mágico das coisas cessou, porque se desenredou o entrelaçamento imaginário da consciência com o mundo. Não sendo o inconsciente mais projetado, desaparece a” participation mystique “originária com as coisas. Por este motivo, a consciência não é mais dominada por intenções compulsivas, passando a contemplar.

JUNG, Estudos Alquímicos

A individuação e a Iluminação tem como imagem a inteireza e não a perfeição.

Ele olhou sua alma através de um telescópio. O que parecia irregular eram belas Constelações: então acrescentou mundos ocultos dentro de outros mundos.

COLERIDGE ANOTAÇÕES

Von Franz, comenta que:

A nossa vida desenvolveria um esquema sinuoso (em meandros) em que temas e tendências aparecem, desvanecem-se e tornam a aparecer.

O QUE ACONTECE APÓS O ÊXTASE?

COMO MANTER A ILUMINAÇÃO?

O Mestre Ajahn Chah diz o seguinte:

Se você não chorou profundamente, ainda não chegou a meditar.

Como tudo é apenas exatamente como é, podemos muito bem cair na risada.

LONG CHEN PA

O fim de toda a nossa procura

Vai ser chegar onde começamos

E ver o lugar pela primeira vez.

T.S.ELIOT