quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Aulão de Meditação

No próximo dia 19 de setembro haverá um aulão de meditação e mantras no Espaço Clara Luz, das 09h30 as 11h30 com entrada gratuita e aberta a qualquer pessoa.

Venha com uma roupa confortável para sentar no chão.

Facilitadores: Nello Baia Júnior e Ana Cláudia Dutra
www.anaenello.org
ananello@terra.com.br

Local:
espaço Clara Luz
Rua Cel. Linhares, 452, Meireles, Fortaleza-CE,(85)3224.9832
www.claraluz.pro.br

domingo, 6 de setembro de 2009

A Mitologia no Yoga


PALESTRA COM ENTRADA GRATUITA: A MITOLOGIA NO YOGA Dia 11 de setembro as 18h30 no Mandala Yoga Módulo completo sobre Mitologia 11, 12 e 25, 26 de setembro – 30h

PARCERIAS: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC
INSTITUTO DE CIÊNCIA, CULTURA E FILOSOFIA HINDU
RECONHECIMENTO: INTERNATIONAL YOGA FEDERATION
MANDALA YOGA
Rua Marcondes Pereira, nº 1404 – Dionísio Torres.
CEP: 60.130-061 – Fortaleza – CE
(85) 3227.3699 / 9117.9224
WWW.MANDALAYOGA.COM.BR
http://cecrammandala.blogspot.com/


O que são os mitos e qual sua função na psique humana. Paralelos entre as mitologias ocidental e oriental. Estudo das principais divindades da mitologia hindu associada à yoga, a partir de suas características e histórias. Análise do simbolismo das divindades hindus, através dos seus aspectos arquetípicos, sob três pontos de vista: material, psíquico e espiritual .Vivências de yoga associadas ao simbolismo e representação das divindades.


FACILITADORAS: Profª. Ana Cláudia Magalhães Dutra (especialista)
Psicóloga pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR (1990), com prática clínica na psicologia de Jung. Participou de grupos de estudo na abordagem de Jung, também de palestrantes e treinamentos em Gestalterapia, Psicologia Transpessoal e Psicologia Sagrada. Terminou o Curso de Extensão para Formação de Instrutores de Yoga, promovido pela UFC/ACEPY (Associação Cearense de Estudos e Pesquisas de Yoga), em 1994, o curso “Integrative Yoga Therapy” com Joseph Le Page, em 2000, e o Curso de Pós-graduação em Yoga promovido pela UNIFOR, em 2004. Trabalha desde 1995 no SESC-CE com grupos de Yoga para jovens, adultos e terceira idade, e no CECRAN desde 1993 atendendo individualmente e em grupo, realizando psicoterapia de base Junguiana e Yogaterapia. É Instrutora no Curso Livre de Formação para Instrutores de Yoga do CECRAN e, ao longo dos anos, tem participado como palestrante e facilitadora de vivências em Yoga e meditação em congressos, universidades e empresas, juntamente com seu esposo Nello Baia Júnior.

Profª.Subhashni Arora (especialista)

Graduada em Ciências Econômicas pela UFC/CE (1994) e em Psicologia pela UNIFOR (2003), com Especialização em Família: Uma Abordagem Sistêmica pela UNIFOR (em andamento). Possui formação Holística de Base – UNIPAZ/CE (1999), Formação em Tanatologia (2002), Especialização em Yoga pela Faculdade de Educação Física da UniFMU/SP(2004), Formação em Yogaterapia pelo Centro de Yoga Montanha Encantada/SC (2005), É Instrutora de Yoga no Instituto Indiano de Yoga Vivekananda desde 1996, e Instrutora no Curso Livre de Formação de Instrutores de Yoga do CECRAN MANDALA (Cariri e Fortaleza), e no curso de Formação de Professores de Yoga do Núcleo de Yoga da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN (2005), Psicóloga Clínica com orientação Sistêmica da ONG Raízes – EFAC, desde 2004 e professora da Faculdade Ateneu no Curso de Pós-Graduação em Terapias Complementares, desde 2006.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A Escravidão está na Mente


A Escravidão Está Na Mente

Radha Burnier
Presidente Intenacional da Sociedade Teosófica

Uma bem conhecida sentença em um dos Upanishads, afirma que a mente, por si só, é causa, tanto da escravidão, como da libertação do homem. A maioria das pessoas acreditam que está presa pelas circunstâncias e agem como se fossem vítimas, porque não compreendem as forças e condições existentes em torno delas. O homem primitivo, que observava o relâmpago e o trovão, o desaparecimento do sol e a descida da escuridão sobre a terra e vários outros fenômenos, sentia-os como ameaças e que ele devia apaziguar os deus e, para isso, recorrer a feiticeiros, aprender encantamentos, erigir colunas totêmicas e fazer todo tipo de coisas para afastar o mal que ele acreditava pudesse sobrevir. Os mesmos fenômenos, vistos pelo homem moderno, não geram nele mais o medo, porque o conhecimento o fez compreender as leis e forças operando por detrás dos fenômenos.

Há uma teia de forças na natureza que cria as condições nas quais as pessoas vivem. Elas incluem forças como a gravidade, a eletricidade e o magnetismo. O homem sabe como essas forças funcionam e é capaz de predizer as condições que serão criadas. Pode controlar as circunstâncias em torno dele, alterando e regulando tais leis. O conhecimento habilita-o a mudar as condições e a não considerar a si mesmo como vítima delas. Esta é a posição do homem agora em relação àquela parte do mundo fenomênica que passou a compreender.

Vôos à Lua e comunicação através de satélites com distantes partes da terra são maneiras de conquistar o ambiente. Mas o conhecimento do homem, mesmo agora, pertence a um campo muito limitado. Os homens brilhantes que podem manipular a natureza e neutralizar as forças de gravidade, etc., são também vítimas das circunstâncias no campo psicológico. A ignorância torna-os temerosos e inseguros e tão escravizados pelas forças interiores, quanto o homem primitivo o era em relação às forças externas, físicas. No campo psicológico também, as forças criam as condições e aquele que quiser ser livre e destemido, deve compreender as leis que operam. Uma das três grandes verdades proclamadas no livro “O Idílio do Lótus Branco”, declara: “CADA HOMEM É SEU ABSOLUTO LEGISLADOR, O DISPENSDOR DE GLÓRIA OU ESCURIDÃO PARA SI MESMO, O DECRETADOR DE SUA VIDA, RECOMPENSA E PUNIÇÃO”.
Em outras palavras, cada homem cria as condições ao seu redor, o seu carma. A escravidão nada mais é senão a prisão construída pelas forças-cármicas que cada um cria. A escrividão diz-se estar no ciclo de nascimentos e mortes, a compulsão para o sofrer. São modos diferentes de afirmar a mesma coisa.

A maioria das pessoas acredita que pode escapar das conseqüências de seus atos, mentais e físicos. Existem algumas que reconhecem, pelo menos teoricamente, que não é possível escapar das conseqüências das forças que liberam, mas não crêem realmente nisso. Se acreditassem no carma, seriam extremamente cuidadosas acerca de tudo o que fazem, o que pensam e sentem, seu relacionamento com as outras pessoas e assim por diante. A fraqueza da crença é tornada evidente pela negligência na conduta. È possível escapar às conseqüências de um ato no mundo físico durante o curso de uma vida. No caso de uma pessoa que rouba, ela pode ser presa imediatamente ou sua falta pode permanecer encoberta durante muito tempo; mas não pode escapar dos resultados indefinidamente, pois “os moinhos de Deus moem lentamente”, trituram até pedaços extraordinariamente pequenos. No entanto, o que é mais sério não é a descoberta do roubo e a pessoa ser presa, mas o efeito da conseqüência imediata no campo psicológico.

Aquele que engana outra pessoa e pensa que pode ir embora, ilude-se dolorosamente. Muitas pessoas encobrem fatos ou os deturpam ao relatá-los, pretendendo serem diferentes do que são. Não é raro se mostrar uma face diferente sob circunstâncias diferentes. Tudo isso acontecem porque no fundo da mente há um sentimento de que se pode escapar. Na verdade, porém, há um efeito imediato quando há qualquer ação. Quando há um ato de enganar, dá surgimento a um certo “momento” na psique da pessoa. Esta é a a imediata, mas invisível conseqüência. Há muitas coisas na psique que não são percebidas. Há as memórias conscientes e também as inconscientes. Se você encontra alguém a quem não vê ou na qual você não pensa há anos em sua mente consciente, pode não haver memória dessa pessoa, se ela é desta ou daquela maneira. Tudo desaparece. Posteriormente você a encontra e a reconhece. Esse reconhecimento significa que, embora a mente consciente não mantivesse nenhuma memória, a inconsciente manteve-a e essa recordação veio à superfície. O reconhecimento implica em comparar como agora ela aparece, seu comportamento, seus gestos, etc.

Contudo, há memórias mais profundas. As pessoas têm recordações da infância que estão além da lembrança, exceto sob hipnose ou em momentos de crise. Atrás do limiar da memória consciente há toda um área, como um iceberg oculto. Se a energia é liberada na psique, o “momento” também pode submergir abaixo do nível consciente. Quando há uma oportunidade adequada, ele consegue manifestar-se. Por exemplo, quando uma ação é fraudulenta, como dissemos antes, um “momento” é criado, que pode estar oculto e dormente, abaixo do nível consciente. Num determinado instante, transforma-se num impulso para fazer o mesmo tipo de coisa. Isto torna-se um círculo vicioso, de escravidão; a ação que cria a tendência, a tendência que impele à ação, seja ela de fraude, medo ou inveja, ou uma mistura de vários tipos.

No ser humano existem inúmeras tendências “empurrando” a pessoa indiretamente, queira ou não, saiba ou não. Quando uma pessoa sofre de timidez ou medo, cada sombra a faz sentir que pode haver um inimigo oculto. Quando há orgulho, um homem imagina que há intenção de ofendê-lo, mesmo diante de uma afirmação inocente a seu respeito. Além disso, a mente inconsciente conecta o sentimento com características externas pertencentes a outra pessoa, de quem o perigo ou o insulto é pensado decorrer. Assim, as pessoas têm reações compulsivas contra negros ou brancos, judeus, etc. e contra todos os tipos de coisas. “Momento”, tendências e compulsões vêm à tona no campo da ação, não apenas do passado recente mas das profundezas até de nossa natureza animal. A maioria das pessoas age de acordo com esse profundo condicionamento.

Enquanto há compulsão de dentro, um “momento” sobre o qual não há
Controle, não há liberdade de modo algum. É a escravidão que a mente cria, porque está num estado de não apercebimento, já que não se dá ao trabalho de descobrir o que está acontecendo a si mesma.

Os condicionamentos da mente criam enormes problemas – de cor, nacionalismos, diferenças raciais, etc. Por causa desse condicionamento existente, ela identifica-se com a família, a comunidade, a religião, etc. Mas a mente pode libertar-se se vê que está criando círculos dentro dos quais está escravizada. Não é necessário que alguém seja vítima de qualquer circunstância. Em lugar de criar “momentos” de insinceridade ou medo através do não-apercebimento, a pessoa pode gerar outras energias, tais como paciência, afeição e calma. Estas regras surgem através do apercebimento e têm uma qualidade de estabilidade. Não são reações.

Atrás da vigilância e do cuidado exercidos na vida diária, a pessoa pode começar a perceber o que é o estado de liberdade. Dentro da mente há possibilidades de escravidão, como de liberdade. Não se tem de rezar a algum Deus, encontrar um sacerdote, para libertar a si mesmo, mas apenas descobrir o que está profundamente no interior. O Bhagavad Gita fala do homem estável, que não é dependente, porque as circunstâncias não têm poder sobre ele. Isto é o que todos os seres humanos têm de aprender. Pela ativa vigilância, a pessoa cessa de ser vítima das condições e torna-se uma fonte de energia espiritual.

* * *

AHINSA

Ahinsa é uma qualidade positiva e dinâmica de amor universal, e não uma simples atitude de não violência. Aquele que a desenvolve, vive rodeado de uma invisível aura carregada de amor e compaixão, embora não os expresse ao nível emocional.

Uma vez que o amor é o poder que liga em união espiritual a todos os fragmentos separados da vida una, qualquer indivíduo imbuído de semelhantes amor, está internamente afinado com todas as criaturas viventes e, automaticamente, as inspira em confiança e amor.

Dr. I. K. Taimini, em “A Ciência da Ioga”


sábado, 25 de julho de 2009

Meditação com Entrada Gratuita no SESC no dia primeiro de agôsto


É NO PRÓXIMO SÁBADO DIA PRIMEIRO DE AGÔSTO!


AULÃO DE MEDITAÇÃO NO SESC

Não perca no SESC da Rua Clarindo de Queiróz,1740,Fortaleza
(NA SALA DE YOGA NO 1º ANDAR)

Dia 01 de agosto as 9.30 h(sábado)

ENTRADA GRATUITA

Meditação, Mantras e Kirtans

Com Nello e Ana Cláudia

www.anaenello.org
ananello@terra.com.br

Compareça e leve os seus amigos!

Apoio:
SESC
ICCFH- Instituto de Ciência Cultura e Filosofia Hindu
www.iccfh.net.br

terça-feira, 21 de julho de 2009

Você tem 100% de responsabilidade!


Você tem 100% de responsabilidade sobre tudo o que acontece sobre tudo a tudo o que acontece na sua volta.Você é 100% responsável por todo o sofrimento da humanidade , pelas guerras, pelas calamidades, pelos seus filhos e os que também não são seus filhos, pelos seus vizinhos e não vizinhos. Você é também responsável 100% pela criminalidade que grassa hoje.Você é responsável pelas crianças famintas que pedem nos sinais de trânsito. Não coloque mais a culpa em ninguém. Você é inteiramente responsável por tudo e por todos.
Assim preconiza o Ho Onoponopono da tradição nativa havaiana, uma tradição de milhares de anos cultivada entre os nativos locais.
Se alguém está doente: trabalhe esta doença em você mesmo. Peça perdão ao doente. Envie a vibração do verdadeiro Amor a este enfermo no sentido que o seu karma e sua conexão com o dele possam cessar e então conseqüentemente cessar a doença dele, mas que também traz sofrimento a você , mesmo que por vezes não perceba este sofrimento literalmente.Não sofremos por todo o mal desta humanidade que também sofre e por vezes colocamos nosso sofrimento acima de qualquer outro egoisticamente e então não é o nosso sofrimento que importa?Por vezes não sabemos e não entendemos porque sofremos.
crianca-livreSe alguém sente raiva de você ou sente raiva de alguém que você não sabe por que e por vezes nem sabe quem é. Peça perdão para esta pessoa.Envie a vibração do Amor para ela. Mentalize palavras belas para ela. Não importa se ela não puder ouvir de sua viva voz. O importante é a mentalização, a vibração do pensamento forte que você envia a ela. Isto é Ho Onoponopono de verdade.
Houve uma vez um psicólogo que trabalhou num hospital para loucos no Hawai . Muitos médicos haviam passado por ali e pedido demissão ou foram demitidos ,pois o quadro da clínica piorava dia a dia. Havia cada vez mais recaídas e reincidências dos pacientes naquela instituição.
Até que o Dr.Ihaleakala chegou e solicitou todos os prontuários de todos os pacientes trancou-se numa sala com eles (os prontuários) e só saiu de lá quando tinha “examinado” todos os prontuários. Naquela clínica houve 100% de cura, de não reincidência.
O médico simplesmente aplicara Ho Onoponopono em cada um deles através de cada prontuário, vendo cada foto, lendo cada história e pedindo perdão a todos eles, dizendo que amava de verdade todos eles sem nunca ter se encontrado pessoalmente com nenhum deles.Pediu perdão também aos antepassado deles por todo o mal que lhes havia causado.
Achamos que pudemos resolver as coisas por vezes através das guerras que quase sempre não são bélicas, mas causam muito estrago ao nosso coração e aos corações dos outros. Somos adeptos dos processos judiciais intermináveis. Somos amigos de uma “boa discussão por uma causa nobre”. Aplicados a Lei de Talião ou como dizia o velho general na época de ditadura militar: “…bateu! Levou!.. Fomos treinados a não levar desaforo para casa e então nos pegamos gritando, xingando, buzinando e outros “…andos” mais que seria doloroso explicitar.
Qual é a verdade? Quem tem razão? Que é melhor ou pior?
Ho Onoponopono nos convida a desistir de lutar e como Buda ensinou : deixarmos de ser como o cachorro que corre atrás do próprio rabo para morder.
Temos que treinar parar, sentar, fechar olhos e emanar Amor e Perdão as pessoas não importa quem sejam, se gostamos delas ou não.
Nossos inimigos ou desafetos (pois assim teimamos em rotula-los) foram colocados na nossa vida nesta ação kármica para o exercício do Amor e da Compaixão e não ao contrário.Nada ocorre sem aquiescência do Divino. Os fatos são encadeados numa linha de sincronicidade e unicidade. Cabe a nós a Aceitação em primeiro lugar.
Todos estamos juntos de mãos dadas quer queiramos ou não ,então nos aceitemos com um sorriso, com um gesto amável, um bom e positivo pensamento.
Ho Onoponopono pode ser aqui e agora!

Maiores Detalhes :http://www.hooponopono.com.br/

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Os Arianos no Yoga e na Vida



Por Nello Baia Jr. e Ana Cláudia Dutra

Alguns supõem o Yoga como um campo único que segue a lógica do seu raciocínio, do seu querer e poder – o “Yoga para si” deve ser necessariamente o “Yoga para o outro”, então meu Yoga é melhor que o seu. Esquecem da universalidade do Yoga.
Então meu Guru, meu Mestre é melhor que o seu, quanto mais se ele for importado da Índia e onde já se viu um Mestre do Yoga que não seja da Índia ou no máximo alguém que seja pelo menos descendente direto na linhagem de um Guru indiano?
“Meu método é o melhor e outros métodos simplesmente são. Não permitiremos questionamentos, quanto mais críticas ou comentários que não sejam de aquiescência ao nosso método, a nossa escola, a nossa associação...” e por aí adiante. Tudo passa pelo crivo e pela análise dos membros da confederação, da federação, da aliança, da associação, que se consideram a verdadeira. As outras o que são?
Dizem ainda: “É necessária nossa aprovação prévia de quem pode e quer ser professor, ou curso, ou publicação. Pois temos o senso do que é correto no Yoga.” Interpretam as escrituras de acordo com seus mestres com palavras profundas, porém na prática não reconhecem quão limitadas são suas visões e julgamentos pessoais.
Reconhecer que inconscientemente trazemos o arquétipo dos arianos, que no seu aspecto sombrio buscaram o purismo de raça e que coincidentemente na sua invasão a região do Indo ,dentro da historicidade dos fatos foram os iniciantes da possibilidade das castas na índia antiga e que se perpetua, a contragosto de muitos, até a hoje. É perceber que mesmo atingindo uma visão da sabedoria do Self, temos que estar atentos a nossa própria sombra, que geralmente não conseguimos ver, mas a projetamos nos outros.
Por isso temos que estar atentos para não dividir também o yoga e julgar a experiência e o conhecimento de outros que buscam esta senda, de acordo com os critérios da nossa aprovação ou desaprovação do que é bom para o Yoga ou não, melhor dizendo: o que é bom para nós ou não.
Isto é o que pretendemos do Yoga? Moldá-lo ao nosso sabor egoísta como mais um produto de consumo para o sofrimento da humanidade?
Não! Com certeza o Yoga não é isto!
O Yoga é infinitamente livre, único, indivisível e indestrutível estando mesmo além de nós pobres mortais.
No Yoga não há melhor ou pior. No Yoga há! Todos somos iguais perante o Yoga supremo, que é um estado de unificação com o espírito Universal.
Não há melhor método, professor, escola afora os nossos critérios puramente pessoais ou no máximo grupais que “acham”. Os caminhos são infinitos que levam ao despertar da Sabedoria e do Amor.
O yoga não se mede com nenhum parâmetro afora o do pleno Amor.
Yoga é tolerância, respeito... aceitação.
Yoga não se enquadra num processo fascista que imobiliza as pessoas num quadro estático, normótico e aceitável.
Yoga não é só ásana, ou quem faz a melhor ásana (postura) ou quem ensina da melhor forma tal ásana. Yoga está além das ásanas. Yoga é uma experiência real quando respeitamos as diferenças, quando não criamos desavenças , políticas dos homens, interesses mesquinhos.
Como avaliar o aluno ou o professor pela ásana que faz ou pelo que fala e por vezes não faz. Como avaliar a Meditação de alguém, qual é o melhor ou pior, quem esta abaixo ou está acima.
A humanidade sempre dividiu entre puristas como Hitler, Napoleão, Mussolini entre tantos outros e os Puros como Gandhi, Jesus, Buda, Mandela entre tantos outros. Os puristas são provisórios, os puros são eternos. Sigamos pois as pegadas dos puros de coração e então estaremos no caminho correto.
Façamos então silenciosamente nosso Yoga sem alardes ou alaridos. Sigamos nossa sadhana cumprindo nosso Dharma, porque “os cães ladram enquanto a caravana passa”.
Trilhemos, pois pelo caminho da Democracia de um Yoga para todos independente de credo, raça, riqueza ou pobreza.
Façamos do Yoga e da nossa vida um meio de ajuda ao próximo na prestação de serviço para isto que fomos colocados neste plano, chamado Terra e então seremos homens mais felizes e plenos.

Nello Baia Junior e Ana Cláudia Dutra
A palavra ariano, ao referir-se a um grupo étnico, tem várias significações. Refere-se, mais especificamente, ao subgrupo dos indo-europeus, que se estabeleceu no planalto iraniano desde o final do terceiro milénio a.C. e que povoou a Península da Índia por volta de 1500 a. C., vindo do norte, pelo Punjabe, disseminando-se pela Índia, Pérsia e regiões adjacentes. Estes são também chamados de árias. A sua cultura ficou particularmente expressa nos Vedas e, principalmente, no Rig Veda, considerado como o mais antigo. Por extensão, a designação "arianos" (não o termo "árias") passou a referir-se a vários povos originários das estepes da Ásia Central - os Indo-europeus - que se espalharam pela Europa e pelas regiões já referidas, a partir do final do neolítico. O termo designa ainda os descendentes dos indo-europeus que fundaram a civilização indiana, subjugando as populações locais, dando origem ao sistema de castas e, mais especificamente, às castas dominantes dos Brâmanes, xátrias e vaixás.
(extraído do wickipédia)

domingo, 12 de julho de 2009

O Caminho do Despertar Feminino Sagrado


por Ana Cláudia Dutra
A energia feminina tem inúmeras formas de expressões representadas pelas deusas das mais diversas culturas, que nada mais são do que símbolos das energias que formam a nossa personalidade e dão sentido às nossas experiências.
A nossa cultura ocidental tem como influências principais: os símbolos cristãos e àqueles da cultura greco-romana. Ambas as influências dão uma grande ênfase no aspecto masculino da divindade e na representação de Deus como Pai. A cultura cristã reverencia a figura feminina de Maria somente no seu aspecto maternal, deixando implícito que os outros aspectos do feminino são profanos.
A cultura grega, a princípio primitivamente era Matriarcal, com ênfase na Grande Mãe, gradativamente com o desenvolvimento da mitologia, Zeus, filho de Saturno e neto de Urano, o Pai do Céu, assume o comando do Olimpo e divindades femininas originárias das qualidades da Grande Mãe surgiram,assumindo posições “subordinadas” ao Pai Zeus.
Podemos nos perguntar o que esta história tem a ver com a nossa vida hoje? Como estes personagens considerados pertencendo a um mundo mítico antigo influenciam hoje nas nossas vivências como mulheres e homens?
Primeiramente temos que diferenciar masculino e feminino, respectivamente dos sexos correspondentes e considerá-los como qualidades energéticas pertencentes em maior ou menor grau a homens e mulheres inconscientemente. Simbolicamente falando uma das expressões do masculino é o Logos, a razão e do feminino o Eros, o Amor, porém como homens e mulheres, nós vivenciamos ambas as energias, a diferença está no sentido e na forma que cada um a vivencia.
Integrar estas polaridades dentro de nós é o grande ideal da autorealização, unir a Sabedoria ao Amor e a todas as outras características correspondentes ao masculino e ao feminino, como por exemplo: a força à suavidade, o corpo a alma, a matéria ao espírito é a meta do homem Universal plenamente consciente.
Quais os desafios que enfrentamos na nossa existência para isso? Que valores e crenças conflitantes atribuem a nossa consciência a visão de corpo profano e de uma alma sagrada?
Para compreendermos a divisão arquetípica entre o masculino como a consciência mental e o feminino como a inconsciência física, sem identificarmos essas energias com a visão de que pertencem ao sexo masculino e feminino, é preciso que primeiro a compreendamos como sendo estas uma única e mesma energia pertencentes ao ser humano.
Por conta dessa divisão inconsciente, a sexualidade foi excluída da sua dimensão sagrada e considerada mesmo oposta ao caminho espiritual. Assim nos dias de hoje presenciamos na sociedade duas situações extremas que revelam esta ferida coletiva.
A primeira delas é uma atitude repressiva perante a toda e qualquer manifestação de sensualidade e uma inconsciência profunda perante ás necessidades básicas do corpo. Esta atitude está presente nas pessoas de mais idade e naquelas que assumem uma atitude “religiosa dogmática”, em adolescentes que ainda não despertaram para o imenso potencial de vida que trazem dentro si e em todos que ainda não perceberam e não atualizaram a energia criativa do qual são expressões.
A segunda delas é uma atitude promíscua diante do sexo, onde não se tem noções dos limites, nem noção da força da energia de vida que é desperdiçada, quando a alma não é percebida e respeitada, sinalizando sentimentos e carências mais profundas, que tentam ser compensados numa atitude inconsciente e compulsiva perante o seu corpo.
As conseqüências na vida dessas duas atitudes ao nível psicofísico são similares. Dificuldades e insatisfação na vida sexual, sentimentos de culpa, tensões físicas, incapacidade de criar e dar um sentido maior a sua própria vida.
A bem da verdade, a maioria de nós não vive nesses extremos, mas numa tentativa de nos adequar ao que é considerado socialmente aceito e aquilo que pode aparentemente nos trazer um equilíbrio, porém nem sempre nos sentimos felizes, pois essa integração não diz respeito a um cumprimento meramente de uma atitude moralmente aceita, mas de um resgate profundo do estar presente, do estar inteiro corpo-mente-espírito, seja na hora do Amor erótico, seja na hora da prática da espiritualidade e do amor universal, seja quando mergulhamos na solidão das nossas dores e inconsciências e simplesmente as acolhemos e as aceitamos como parte da vivência humana.
Despertar o feminino sagrado é reverenciar a face feminina de Deus. È encarnar em si as próprias qualidades divinas do amor, da devoção, do cuidado, da pureza e da beleza. Assim servimos à Deusa e nos tornamos unos com Ela.
Nancy Qualls-Corbett, no seu livro, A Prostituta Sagrada, através de pesquisas e relatos de antigas práticas de iniciação feminina, nos fala que havia prostitutas sagradas, virgens, que eram levadas ao templo para servirem à Deusa e assim adentrarem nos seus mistérios.
Na prática dos dias de hoje não existem templos como àqueles, somente espaços considerados profanos para o Amor, e quantas vezes as mulheres não são apenas prostitutas para os seus maridos ou vice-versa, fazendo sexo sem vontade ou sem mais aquele amor, não profanam assim o templo da Deusa que são seu próprio corpo? Desprovidos da dimensão sagrada perdemos a visão de que o Amor só se manifesta quando transcendemos nossas carências egóicas e o desejo que o outro nos faça feliz, para então num ato ritual de adoração do Divino ou da Divina presença no outro, penetrarmos no templo sagrado do nosso ser e percebermos o êxtase de sermos Um com a vida.
A mensagem que a autora nos traz é que voltemos a realizar o sagrado matrimônio internamente entre o nosso corpo e a alma, nas nossas relações entre homem e mulher e ao nível transpessoal entre matéria e Espírito, sacralizando e oferecendo ao Amor Maior, todas as nossas ações.